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Educação em transformação

09.09.2021

Como trazer o mundo dos estudantes para a sala de aula?

A Educação na era digital foi tema de palestra com o editor da CNN Rodrigo Maia

Como trazer o mundo do aluno para a sala de aula? Esse é um dos grandes desafios para os profissionais da Educação, mas também uma das oportunidades apontadas pelo jornalista e editor-chefe da CNN Rodrigo Maia para ressignificar e tornar mais atrativa a experiência de ensino nesse novo contexto social.

O comunicador, especializado em Educação, participou de uma formação na quarta-feira, 1, no canal Desenvolvimento Profissional 1, sobre o tema ‘Influência das Mídias na Educação Brasileira’. A mediação ficou por conta da formadora da EFAPE Ana Paula Marolla. O conteúdo está disponível no YouTube e pode ser acessado clicando aqui.

“A gente precisa pensar no mundo deles e isso requer de nós, [professores], o trabalho de sair da cadeira para buscar coisas que façam sentido”, comenta Maia ao dizer que os tempos mudaram e a Educação precisa acompanhar essas transformações.

Segundo ele, trazer os assuntos de interesse dos estudantes para a aula, conectando o cotidiano com o conteúdo teórico das disciplinas, é um dos caminhos para que eles se mantenham engajados com a escola e estimulados a aprender. “Na época do último Big Brother Brasil, eu estava em uma turma de graduação e eles só falavam sobre isso. O que eu fui fazer? Fui assistir ao programa”, conta o jornalista.

Ele também cita que aplicou situações do dia a dia para explicar, por exemplo, clássicos da literatura brasileira em uma escola, trazendo o desfecho da história para o contexto atual, e a recepção dos estudantes foi positiva.

A importância da formação continuada

É claro que essas adaptações não são simples, exigem dos professores esforço e apoio da gestão escolar. Maia lembra que muitos servidores enfrentam quadros de sobrecarga de trabalho, com salas de aula superlotadas, por vezes sem recursos adequados de ensino, e isso não deve ser desconsiderado.

A formação continuada, nesse sentido, vem como uma forma de auxiliar os educadores nas necessidades que esse cenário de mudança impõe. O comunicador sugere que é preciso ouvir os profissionais, entender quais são as suas fragilidades e propor um programa de atualização completo, que dê as ferramentas que eles precisam. “Uma coisa é plantar uma semente para conversar sobre educação inclusiva. Outra coisa é deixar o professor preparado para ministrar e encarar desafios no que diz respeito a esse conteúdo”, ressalta.

Ainda sobre o assunto, ele também incentiva que o diálogo entre diferentes gerações de educadores aconteça para fomentar um ambiente de trocas. Que os novos possam propor soluções inovadoras, que os veteranos possam contribuir com as suas experiências sobre o que já deu certo, não deu certo, indicando o que é viável de ser executado.

Educação no cenário pós-pandemia

O uso da tecnologia como estratégia de ensino é outro ponto levantado por Rodrigo Maia ao longo da conversa. Ele lembra que há pouco mais de uma década, o uso de celular em sala de aula era proibido, enquanto, hoje, o aparelho se transformou em uma ferramenta essencial de aprendizagem, através da qual muitos jovens estudaram durante os meses de ensino remoto.

No cenário pós-pandemia, ele acredita que a comunidade escolar fica com o desafio de refletir sobre como a tecnologia pode ser inserida no ambiente de ensino, encontrando um caminho entre o ‘antes de março de 2020 e o agora’. “Não adianta a gente achar que vai ser como antes. Também não adianta a gente achar que vai ser o extremo, 100% digital. Mas a gente precisa pensar sobre esse novo modelo, esse novo paradigma, para usar a tecnologia na Educação.”

Direito de sonhar

Durante a palestra, transmitida pelo CMSP, o editor-chefe da CNN fez uma série de reflexões e provocações acerca da Educação na segunda década do século XXI, com o avanço da tecnologia e a chegada das redes sociais. Apesar de sinalizar que a escola precisa acompanhar os novos tempos, ele lembra que o ator principal da Educação é o aluno e que quem se relaciona diretamente com ele é o professor.

Dessa forma, a atenção e o foco das discussões devem colocar sempre em evidência esses dois agentes, buscando caminhos para que eles tenham as condições ideais de ensino e aprendizagem.

Assista ao conteúdo completo da palestra aqui.

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