Um game genuinamente brasileiro, por Francisco Tupy
Dar só uma dica sobre algo relacionado aos games é complicado. Mas, tendo apenas uma oportunidade, não posso deixar de falar do Jogo da Onça.
Trata-se de um jogo do povo Bororo (um dos povos indígenas do Brasil). A princípio, jogava-se no chão, riscando o espaço do tabuleiro e as peças sendo representadas por pedras ou qualquer outro elemento que pudesse cumprir essa função.
Planto aqui a semente da curiosidade para que, indo atrás do que citei, floresçam descobertas. Então, quem aceitar o convite, pesquise. Existem diversos artigos interessantes, manuais, tutoriais e, também, versões nas lojas de aplicativos do seu celular.
Para os professores, serve como uma atividade lúdica e, também, “mão na massa” (maker), pois além de jogar, pode-se exercitar a lógica, a criatividade e a expressão, criando sua própria versão desse jogo cheio de estratégias e genuinamente brasileiro.
Sobre Francisco Tupy
É doutor e mestre em Aplicação de Videogames na Educação e Comunicação, pela ECA-USP. Bacharel e licenciado em Geografia – FFLCH-USP. Tem formação em Ensino e Aprendizagem pela Krishnamurti Foundation of America/UCSB (Califórnia, EUA). É coordenador de Projetos Especiais e professor de Letramento Digital no Colégio Visconde de Porto Seguro; e professor de Gamificação para pós-graduação em instituições como Belas Artes e FAAP.
Promoveu cursos de Inovação na Educação para professores nos ministérios de Educação da Nicarágua e dos Emirados Árabes; atua no Campo de Refugiados de Kakuma (Quênia); e, também, deu aulas e palestras em países como EUA, Tunísia, Hungria, Argentina, Colômbia, Peru, Bangladesh, Índia, Cabo Verde, entre outros. Além disso, é um dos autores do livro “Global Goals Book” (traduzido para diversos idiomas) e do Kit de Criação de Jogos. Participou de projetos relacionados a jogos e gamificação elaborados pela Marinha de Guerra do Brasil.