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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

22.12.2021

A importância da tecnologia nas escolas, como instrumento de formação para os profissionais da Educação

É preciso avançar com a transformação digital nas escolas, para que os estudantes estejam preparados para as cobranças de um mercado muito mais dinâmico, conectado e colaborativo. Essa foi uma das ideias discutidas no encontro “Desvendando Ferramentas: Final de Ano” com a temática: “Educação e Tecnologia: Antes, durante e depois da pandemia”, fechando assim o ciclo de formações do ano de 2021 do canal Desenvolvimento Profissional 1

Para o jornalista e editor-chefe da CNN Brasil, Rodrigo Maia, um dos convidados do encontro, estar integrado às novas ferramentas tecnológicas não é mais um diferencial, é uma necessidade para qualquer profissional, já que o ambiente digital e os novos dispositivos são cada vez mais partes indissociáveis da vida em sociedade. E a pandemia do novo coronavírus apenas acelerou esse processo.

“Todas as áreas do conhecimento, sem exceção, passarão pela internet das coisas (IoT), pela inteligência artificial (AI) ou pela inteligência de dados, de alguma forma. Da área mais simples à mais profissional, todas passarão por essas ferramentas tecnológicas”, comenta Maia.

Nesse sentido, dados do último relatório da consultoria App Annie apontam que o Brasil é o terceiro país onde as pessoas passam mais horas em aplicativos conectados à internet, atrás apenas da China e da Índia. As redes sociais e os apps de streaming estão entre os mais acessados.

Quando o assunto é o uso da tecnologia no ambiente escolar, a pesquisa TIC Educação 2020 – Edição Covid-19, do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), mostra que apenas 21% das escolas brasileiras ofertavam conteúdos e atividades remotas para os alunos antes da pandemia; agora, 87% das instituições adotam ao menos uma atividade com o uso de tecnologias. O que só reforça uma tendência que veio para ficar.

“Mais do que ter uma tecnologia disponível para os alunos utilizarem nas escolas – o que é um passo importantíssimo e inicial –, precisamos ensiná-los de maneira crítica a conviver com a tecnologia, a analisá-la e a torná-la parte de suas próprias vidas”, complementa Maia ao falar sobre a importância das instituições estarem atentas a esse novo cenário e ressignificarem a experiência de ensino.

O professor José Henrique Paim, ex-ministro da Educação, também reforçou como a crise significou um passo importante para a Educação do país. Apesar das dificuldades para implementação do modelo remoto, “nós, professores e gestores, tivemos que nos reinventar muito rapidamente, e isso foi muito positivo”.

CMSP

O Centro de Mídias de São Paulo (CMSP), segundo Marcos Barros, coordenador da CITEM, é exemplo de uma experiência positiva que ganhou relevância ao longo da pandemia, e que deve continuar para os próximos tempos. Segundo ele, o canal de contato com professores e alunos na internet já existia antes da crise sanitária, mas não era tão explorada.

Com a necessidade do ensino remoto, a plataforma foi repensada e seu uso se tornou estratégico para que os estudantes tivessem menor prejuízo de aprendizagem. Além disso, segundo ele, a experiência ao longo dos meses mostrou que a tecnologia não é uma ameaça para o professor. É uma forma de auxiliá-lo durante as aulas.

Formação continuada

Para se reinventar é preciso estar preparado, e a formação continuada dos educadores é estratégica para que eles tenham condições de oferecer um ambiente, de fato, produtivo para os estudantes.

Ana Paula Marolla, professora e uma das formadoras da EFAPE, traz esse olhar a partir da sua própria experiência frente aos treinamentos que foram propostos no Canal Desenvolvimento Profissional 1.

Ela comenta que entre 2020 e 2021 foram transmitidas via CMSP 65 formações pensadas exclusivamente para a capacitação dos educadores, com a apresentação de ferramentas para uso dentro e fora de sala de aula, do básico ao avançado. E essa troca digital rendeu mais de 83 mil visualizações no YouTube, um dos principais canais de contato multimídia com os servidores da Rede, além dos acessos ao vivo, via CMSP.

Dá para mudar

Apesar de ser essencial considerar a realidade que se impõe, todos os participantes, Ana Paula Marolla, José Henrique Paim, Marcos Barros e Rodrigo Maia, avaliam que a inclusão das novas tecnologias nas escolas, especialmente no ensino público, é multifacetada, porque demanda a capacitação dos profissionais, a disponibilidade de equipamentos, de rede de internet e o acesso de qualidade para todos os estudantes. Isso considerando uma rede que conta com mais de 3 milhões de alunos.

De acordo com Marcos Barros, a SEDUC-SP tem dedicado tempo e esforço não só para fazer com que os estudantes tenham cada vez mais acesso ao mundo da tecnologia, como também para apoiar os profissionais da Educação no melhor uso dessas ferramentas. Marcos cita um exemplo recente, de um trabalho feito com base em inteligência artificial, que levantou dados sobre a possibilidade de evasão escolar. As unidades de ensino puderam levar em conta algumas dessas evidências para planejar atividades de busca ativa e outras ações pedagógicas.

A ideia é que tanto alunos quanto profissionais compreendam cada vez mais que a tecnologia é uma aliada importante no processo de ensino e aprendizagem.

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